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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS


 

ROY CAMPBELL

( África do Sul )

 

TEXT IN ENGLISH – TEXTO EM PORTUGUÊS

 

Ignatius Royston Dunnachie Campbell , mais conhecido como Roy Campbell (2 de outubro de 1901 - 23 de abril de 1957), foi um poeta, jornalista, crítico literário , tradutor literário, poeta de guerra e satírico sul-africano.

Nasceu em Durban, Colônia de Natal, Império Britânico, atual África do Sul;  Morreu em Setubal, Portugal, aos 55 anos de idade.

Prêmiio Foyle.

***

 

Nascido em uma família branca sul-africana de ascendência escocesa em Durban , Colônia de Natal , Campbell foi enviado à Inglaterra para estudar na Universidade de Oxford . Em vez disso, Campbell mergulhou na boemia literária de Londres . Após seu casamento com a boêmia Mary Garman , Campbell escreveu o poema bem recebido The Flaming Terrapin , que levou os Campbells aos mais altos círculos da literatura britânica .V
Ver biografia completa em:
https://en.wikipedia.org/wiki/Roy_Campbell

 

 

REVISTA DE POESIA E CRÍTCA   ANO XVII  No. 17   - Conselho Diretor: Afranio Zuccolotto, Cyro Pimentel, Geraldo Vidigal, Domingos Caravalaho da Silva e Waldemar Lopes..  Brasília – São Paulo – Olinda -  SETEMBRO – 1993.           Ex. doado pelo livreiro Brito – DF

 

 

 

       

        THE SERF

His naked skin clothed in the torrid mist
That puffs in smoke around the patient hooves,
The ploughman drives, a slow somnambulist,
And through the green his crimson furrow grooves.

His heart, mor deeply than he wounds the plain,
Long by the rasping share of insult torn,
Red clod, to which the war-cry once was rain
And tribal spears the fatal sheaves of corn,

Lies follow now. But as the turf divides
I see in the slow progress of his strides
Over the toppled clods and falling flowers,

The timeless, surly patience of the serf
That moves the nearest to the naked earth
And ploughs down palaces, and thrones, and towers.


      

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

Tradução de DOMINGOS CARVALHO DA SILVA

 

 

        O ESCRAVO

Pele nua tecida na cacimba ardente
Que sopra e que em fumaça envolve o manso gado,
Trabalha o lavrador — sonâmbulo calado —
E abre no campo verde um sulco reluzente.

Seu coração — o arar das relhas infernais
Da humilhação, mais fundo a rasgou do que a terra —

       Rubro torrão que outrora o alarido da guerra
Irrigava — se o seu trigo eram lanças mortais —

Hoje deserto está. Mas, quando a relva fere,
O ritmo dos seus passos, lento, me sugere.
Sobre o solo revolto e as flores que se espalham,

A súbita e feroz  resignação do escravo,
Que aos poucos vai no chão, que vagaroso cava,
Solapando palácios, tronos e muralhas.


 

 

 
 
 
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